Quando passamos a considerar que o propósito da vida é aprender e que tudo é aprendizado, as circunstâncias pelas quais nós aprendemos começam a ter menos importância. Como o sr. William Judge escreveu-me certa vez (...):
“O oceano da vida traz até nossos pés, e afasta novamente, coisas que são difíceis de perder ou que causam dor ao ser recebidas, no entanto todas elas pertencem à vida; todas elas vêm do Grande Ser que nunca se altera. Portanto, apóie-se sobre o Eu Superior – seja como o grande fundo do oceano que nunca se movimenta, embora as tempestades possam alterar sua superfície.”
Sei que você entende essa atitude. Ela não significa que deveríamos deixar de fazer o melhor que podemos em todas as ocasiões, mas sabemos que, aconteça o que acontecer, tudo está bem. Tudo é recebido apenas como uma lição da qual se pode obter crescimento e conhecimento, e embora talvez nós lutemos aparentemente por muitas coisas, nossas mentes podem não estar voltadas para as coisas em si mesmas, mas para o cumprimento do nosso dever, à medida que a expansão do nosso conhecimento nos dá mais percepção. Assim nós seremos como o oceano, com a superfície em ação, mas com a maior parte de nós calma – imóvel.
[ Do livro “The Friendly Philosopher”, Robert Crosbie, The TheosophyCompany, Los Angeles, 1945, 416 pp., ver pp. 40-41.]
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